quantos?

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23.1.12

Para quando te lembrares de mim


Tudo o que eu quero é tornar-me mais forte, tornar-me mais forte para ti, para quando te lembrares de mim ser capaz de não te dar um sim pois sempre que me pedes eu vou, não sou capaz de te dizer que não estou. É impossível, negar-te é impossível, olhar-te bem nos olhos e ser-te resistível. Telefone toca, a razão quer dizer não mas quem responde tem mais força, é a voz do coração. Já dei cabeçadas na parede sem conta, conheço bem o armazém, mas derreto-me pela montra. É tipo um filme que já vi no cinema, repeti no dvd, insisto em vê-lo na tv. Chegas suave, reconheces-me bem, tens as palavras certas e a ternura também, parece que sim, que agora é diferente. Dás-me a mão, esqueço o passado e acredito no para sempre, contigo tudo parece fazer sentido, o tempo parece ser sempre reduzido, mas como um pôr do sol, não duras para sempre, eu tento-me enganar, mas este não é o teu lugar.  Tu tens tudo o que sempre desejei, acrescentas-te à minha vida, o que nem mesmo eu sonhei. O teu sorriso distrai-me de tudo o resto, prendo-me por completo e tudo me parece tão certo, não me lembro de sentir isto com alguém não preciso de mais nada, contigo eu estou bem. Tu tens o colo que me aconchega, protege, embala, dá-me a mão ora isto chega-me, perfeito seria se tivesses de coração aberto, mas há algo que te trava, que não sei em concreto. Questiono-me que amor será este que me prende a respiração, não há um pedido teu que eu consiga dizer não, dás-me metade de ti, parece preencher-me por completo, aninho-me no teu pescoço, acaricio o teu rosto, sussurro-te ao ouvido que és o meu porto, seguro não sei se és mas és o chão que confio a meus pés. Tenho medo de abrir os olhos e a outra metade não estar por perto, tenho medo de viver iludida nesta canção de final incerto, tenho medo de me magoar, pois nunca gostei tanto assim de alguém, tenho medo, vou-me afastar, sabendo que como te amei a ti, não vou amar ninguém.