Distância.

Sou aquele tipo de pessoas que não confia em ninguém, e de um modo muito geral, não gosta de ninguém, pelo menos à primeira vista. Não tenho medo do mundo, das atitudes, nada disso, apenas acho que não vale apena depositar parte nenhuma de mim em ninguém.
Passei os últimos dois anos a fazê-lo, investi muito de mim, depois levei com um grande balde de água fria, e agora que as coisas se recompõem aos poucos, e o autor do dito balde tenta passar um pano por cima do assunto e conciliar o que deixamos para trás com o que se tem criado para a frente. Agora que tudo isso surge não tenho grande espaço para manobras, o meu coração aperta e quer muito, mas a minha cabeça prende-me todos os movimentos, acho que nunca estive tanto de pé atrás. Não quero passar por tudo de novo embora queira tudo de volta, não consigo entregar parte de mim com antes fiz, não quero nem vou criar expectativas, não sou o doce que era.
Tanta vez a bater com a cabeça na parede que muitos dos meus sentimentos parecem bloqueados. E agora, agora é um dia de cada vez, e o que tiver de vir, virá.